A véspera do dia 8 foi para mim a maior bebedeira da minha vida. Em determinada altura julguei que o navio Timor era um helicóptero por tantas vezes o ver passar por cima.Isto foi o resultado do almoço da foto. Um soberbo cozido á portuguesa feito pelo nosso benfeitor dentro do barco, o Oliveira, que nos protegeu e mimou em ambas as viagens para lá e para cá.
Na altura da fotografia ainda parece que estava tudo bem, mas a partir daí a coisa descambou de tal maneira que já não deu para mais nada, sei que me deitaram no beliche e já não fui capaz de ir para a despensa do Navio comer uvas e outras coisas mais.
Lembro-me de no desembarque encontrar, o que não estava á espera, o meu amigo João Severino, amigo dos tempos do VáVá, que me valeu passar a ser tratado pelo Vieira pelo “Alfredinho dos Plásticos” por causa de uma anedota.
Lembro-me também de não conseguir comer a sandes de bife porque a minha boca só me sabia a papeis de música. Mas creio que o meu estado me ajudou a passar a viagem até Maubisse que, ora sentado no pneu que vinha na caixa do Unimog, ora sentado na caixa, se ia prolongando montanha após montanha, isto para já não falar na dormida no monte, numa tenda montada em plano inclinado em que acordamos todos juntos na parte baixa da tenda.
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